Fuga de Animais Durante a Viagem: Como Evitar

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Quem já sofreu com a dor de perder um animal de estimação sabe como é difícil conviver com a esperança do reencontro. O vínculo criado entre um Pet e seu tutor é muito forte, por isso, quando há a separação, o sofrimento é grande. 

A dor é ainda maior se isso ocorrer quando o animal estiver sob cuidados de terceiros ou durante a prestação de um serviço.

Quando se trata de um serviço de transporte, seja aéreo ou rodoviário, a necessidade de manipulação para que sejam realizados embarques, desembarques, conexões e paradas para alimentação, hidratação, passeios e necessidade fisiológicas aumentam os risco de fuga.

Recentemente tivemos o caso da perda da Pandora, uma cadelinha que fugiu no Aeroporto de Guarulhos após escapar da caixa de transporte durante uma conexão de um voo da Gol. O caso ganhou repercussão na internet e despertou um grande debate sobre o assunto.

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Cadela Pandora perdida durante conexão da Gol, segue desaparecida. (Foto: Reprodução)

Os motivos que levam um Pet a escapar ou a fugir durante uma viagem podem ser diversos. Um pequeno descuido na hora de embarcar, desembarcar ou instalar os equipamentos de segurança, por exemplo, pode ser a oportunidade para um peludo fugir.

Além de ser um momento triste e estressante para os transportadores e tutores, a fuga de um animal representa um risco para a vida dele. As chances de acidentes são bem grandes.

Antes de qualquer coisa, é preciso deixar bem claro que não é falta de amor ou carinho que faz um Pet fugir. As fugas na maioria das vezes estão relacionadas ao estresse, ansiedade e falta de atenção de quem está responsável por aquele animal naquele momento.

Quando um Pet vai viajar ocorre uma mudança repentina do local que o animal vive e se sente seguro, além da perda do vínculo com seu tutor, provedor de afeto e segurança. Isso aumenta a ansiedade e o estresse. Os animais, principalmente os cães, levam em média 24 horas para se adaptar ao novo ambiente e aos motoristas. Os gatos levam muito mais tempo. Nesse caso as fugas são provocadas pela insegurança do animal que busca, principalmente nas primeiras horas, voltar para seu lar e para seu tutor em busca de segurança. É uma medida instintiva causada pela mudança repentina da rotina. Um animal ansioso ou estressado irá buscar a todo instante “sair daquela situação”.”, afirma Amaro Netto, gestor de operações da MooviPet.

Além disso, durante as paradas feitas em uma viagem para alimentação, hidratação, passeio e necessidades fisiológicas, um Pet pode avistar outro animal, ouvir um barulho diferente, sentir o cheiro de algo que desperte sua curiosidade, e se coleiras e guias não estiverem devidamente ajustadas, a fuga pode acontecer.

Os hormônios também podem aumentar as chances de fuga do seu Pet se ele não for castrado e sentir o cheiro de alguma fêmea fértil e, por esse motivo, não é apropriado embarcar fêmeas no cio em viagens rodoviárias compartilhadas para animais.

Além disso, existem animais que têm o instinto de caça muito aflorado e são do tipo que entendem que sua missão é perseguir e abater a presa, mesmo tendo acesso a alimentos durante toda viagem.

O assunto é polêmico, o risco de fuga é real e tutores e transportadores aéreos e terrestres precisam entender esse risco e reduzir ao máximo as chances de acontecer. Por isso, precisamos falar sobre isso. Vamos a leitura?

O caso da cadela Pandora

Pandora é uma cachorrinha que desapareceu após fugir no Aeroporto de Guarulhos.

Responsável pelo procedimento, a Gol disse que cadela destruiu a caixa de transporte e fugiu; o dono nega: ‘Não era o perfil da minha cachorra’. 

Será que medidas poderiam ter sido tomadas para evitar a fuga ou para aumentar as chances de encontrá-la tanto pela transportadora quanto pelo tutor? É o que vamos ler a seguir.

Porque os Pets fogem durante uma viagem?

Pets têm focinho, olhos e ouvidos atentos e poderosos. Isso dá a eles a chance de notar algo que provavelmente passará despercebido por um humano.

Dito isso, várias coisas podem ser causa de uma fuga:

Instinto de caça despertado

Alguns Pets, principalmente os cães, são instintivamente atraídos por outros animais, embarcados ou não. Por mais que ele seja dócil e sociável, em algum momento o instinto poderá falar mais alto. Por isso o isolamento físico e visual é tão importante nas cabines de acomodação onde os animais são transportados. Além disso, o uso correto dos equipamentos de segurança: coleiras, guias e trincos das acomodações são fundamentais para manter o Pet bem acondicionado, sem chances de fugir.

Algo despertou sua curiosidade

Ele pode ser atraído por algum cheiro diferente ou comida. Pets possuem um olfato poderoso e percebem um odor a vários metros de distância. É por esse motivo que é proibido o consumo de alimentos no interior dos veículos durante as viagens.

Algo o assustou

Existem cães super sensíveis a barulhos. Normalmente um cachorro se aproxima do dono quando sente insegurança, mas quando estão em viagem, na maioria das situações, estão sozinhos. Por isso, se algo o assustar, as chances de fuga aumentam. 

Tudo que puder ser feito para deixá-lo tranquilo e reduzir o estresse durante a viagem precisa ser feito: cabine com isolamento termoacústico, ambiente sonorizado, cromoterapia e conforto nas acomodações são algumas medidas adotadas nas viagens da MooviPet que aumentam o conforto e reduzem bastante a ansiedade e, consequentemente, as chances de fuga.

Estímulo externo

Uma cadela no cio poderá atrair e estimular a fuga. Por isso não embarcamos fêmeas no cio, já que nem todos os animais são castrados nos embarques rodoviários. 

Além disso, motoristas verificam com atenção como estão instalados os equipamentos de segurança, principalmente as coleiras, para evitar que ele consiga fugir.

Quais são os perigos de uma fuga

A maioria dos Pets não está preparada para sobreviver na rua por muito tempo. Se estivermos falando de raças mais frágeis ou temperamentos submissos, esses riscos serão maiores. Por isso, todo cuidado é pouco.

Você pode nunca mais vê-lo

Um animal que foge pode não ser mais encontrado ou pode ser encontrado por alguém que não tenha interesse em devolver, principalmente se o Pet for de raça. 

Algumas raças são mais visadas e alguém mal intencionado pode ver uma oportunidade de apropriação e uma forma de ganhar dinheiro, vendendo o animal para um terceiro.

Riscos de lesões graves

Um Pet que foge e está assustado pode ser atropelado ao atravessar uma rua. Se ele não estiver se sentindo seguro e confortável ele pode entender o movimento de um motorista como uma ameaça e se tornar agressivo para tentar fugir.

Se for um cão com energia submissa, outros cães de rua podem instintivamente tentar dominá-lo e uma briga pode acontecer. Seu cão poderá se ferir ou contrair uma doença grave. Ao mesmo tempo você jamais saberá o que ele ingeriu nesse intervalo. Um alimento tóxico, estragado, ou até algo envenenado. Por isso, ao reencontrá-lo, uma avaliação veterinária é muito importante.

Riscos de lesão a terceiros

Especialmente se for um cão inseguro ou com energia dominante, ele pode ferir alguém que tentar se aproximar. Uma criança, idoso, ou mesmo outro animal.

Como evitar fuga nas viagens?

A melhor forma para evitar a fuga dos animais durante as viagens é manter o animal nas melhores condições de segurança e conforto para que ele não tenha a vontade de fugir. A relação de confiança estabelecida entre transportadores e animais é muito importante para que o animal se sinta seguro e não apresente sinais de ansiedade e estresse. 

Para isso é importante que todas as pessoas responsáveis pela manipulação tenham conhecimento sobre comportamento de animais e isso nem sempre ocorre, principalmente nas viagens aéreas.

Alguns animais, principalmente cães, conseguem abrir trincos de acomodações, mesmo em caixas com padrão internacional (IATA). Veja o vídeo e fique atento para não subestimar a inteligência e habilidade dos animais que buscam fugir:

Após três horas de viagem, intervalo médio em que são realizadas as paradas nos transportes rodoviários da MooviPet, os animais mais agitados podem ficar mais eufóricos ao sair do carro e associar um novo ambiente à diversão, aumentando os riscos de fuga.

Para diminuir as chances de fuga de um Pet durante uma viagem, certifique-se que ele esteja preso, seja em uma acomodação (caixa de transporte) ou em um cinto de segurança antes de soltá-lo e abrir as portas do veículo. Nunca abra as portas do veículo sem ter essa certeza.

Antes de retirá-lo da caixa de transporte ou soltar o cinto de segurança, tenha certeza de que a coleira e guia estão corretamente fixados e que o Pet está sob seu controle. O mesmo cuidado deve ser feito para o embarque.

Promovendo amor, conforto e segurança, fazendo com que o Pet se sinta em casa e seguro mesmo embarcado e que eles confiem nos transportadores, principalmente nos motoristas, tal como confiam nos tutores são medidas que garantem uma viagem mais segura e confortável.

Quais as medidas preventivas para diminuir riscos de fuga e aumentar as chances de reencontrar 

Identifique o Pet

A utilização de plaquetas de identificação com informações de contato são muito importantes e ajudam na identificação e devolução de Pet encontrado por alguém bem intencionado. Certifique-se de tê-la bem presa à coleira com seu nome completo e telefone.

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Plaquetas de Identificação MooviPet

Microchip

Um microchip é uma forma de tecnologia de identificação automática menor que um grão de arroz. Uma vez implantado sob a pele não pode ser localizado nem retirado e quando o aparelho de leitura é passado junto ao corpo do animal, fornece a ele seu número. 

Cada registro de microchip traz informações sobre o peludo e seu responsável, que ficam armazenados em um banco de dados que pode ser acessado pela internet.

Escolha a melhor guia e coleira

Muitos donos pecam pela falta de cuidado nesse momento. A guia e coleira são suas aliadas durante toda a vida do seu cão, portanto escolha um conjunto que priorize segurança, controle e conforto.

Primeiro, certifique-se de ter uma guia com um mosquetão resistente e seguro (aquele acessório de metal que liga guia e coleira). Existem vários casos de fuga por quebra de mosquetão.

A guia também deve ter comprimento limitado, para permitir um controle mais próximo.

Depois, escolha uma coleira que seja resistente, durável, confortável, e que não escorregue. Se o seu cão souber passear ao seu lado sem puxar, coleiras peitorais devem resolver o problema.

Quais as medidas adotadas pela MooviPet para evitar fuga de animais

Em mais de 5 anos nos orgulhamos em transportar mais de cem mil animais sem nunca ter havido registros de fuga. 

Veículos totalmente adaptados, a dotação de equipamentos de qualidade e protocolos rígidos de segurança durante a viagem são muito importantes para zerar os riscos de fuga.

Todavia, a montagem de um time de motoristas experientes e apaixonados por animais é nosso principal diferencial.

Eles conseguem prover a segurança nas estradas e muito amor e carinho durante a viagem, mantendo os animais felizes, monitorados e seguros.

Meu Pet fugiu: o que fazer

Não corra atrás dele 

Ao perceber você correndo atrás, seu Pet entenderá tudo como uma brincadeira e continuará fugindo de você. Ele certamente vai correr mais rápido que você e, quanto mais atlético e jovem, menores as chances de você alcançá-lo.

Use um petisco ou palavra-chave

Tenha sempre o melhor petisco no bolso e use para atraí-lo. Para os cães acostumados a ganhar petiscos só depois de obedecer um comando é algo que realmente funciona.

Ao mesmo tempo, use uma palavra-chave que automaticamente associe a algo positivo. 

Por exemplo, sempre que damos petiscos especiais dizemos: “quem quer um petisco?”.

Graças a isso nossos cães relacionam sempre as palavras “quem quer” com algo bom, levantando suas orelhas em sinal de curiosidade durante as paradas.

É nessa hora que você vai pegá-lo e colocar na guia ou na coleira de volta.

Conclusão

A prevenção é a melhor medida para evitar uma situação desagradável e possivelmente irreversível.

Para evitar toda essa dor de cabeça e fazer uma viagem sem riscos, que garanta conforto, segurança e muito amor: quando seu melhor amigo precisar viajar,  simplifique. 

Vá de MooviPet!

Danillo Dantas
Danillo Dantas é Sócio-fundador, CEO e CMO da MooviPet